[Brasil no Copo 5#] UM BRINDE A COQUETELARIA PAULISTANA!
A evolução da coquetelaria em São Paulo
Viajando pelo nordeste, comecei a entender mais sobre coquetelaria regional nordestina, e isso me fez pensar sobre minha regionalidade. Quais são os coquetéis que representa a minha cidade natal? Nunca tinha prestado atenção nisso e dado importância na verdade. Procurei muito pra entender como foi a evolução da Coquetelaria Paulistana, como se tornou o que é hoje.
Quando se fala de coquetelaria, São Paulo é o principal ponto do país. A história da coquetelaria em em SP é marcada por uma evolução notável ao longo do tempo, refletindo as mudanças sociais, culturais e econômicas na cidade.
A coquetelaria paulistana passou por diversas fases, desde a sua introdução no início do século XX até o desenvolvimento de uma cena contemporânea. Conta com alguns coquetéis que se tornaram clássicos nacionais:
Caju Amigo
MacunaÍma
Rabo de Galo
Moscow mule com espuma de gengibre
Mas antes de chegar nesse padrão de coquetéis, existem alguns pontos importantes que antecederam essa fase.
Início do Século XX: Os Primeiros Bares e Coquetéis
No início do século XX, a cidade de São Paulo começou a experimentar uma rápida urbanização e crescimento econômico. Isso trouxe consigo a influência de tendências internacionais, incluindo a cultura dos coquetéis. Os bares começaram a surgir na cidade, muitos deles inspirados pelos estilos europeus e americanos.
Décadas de 1920 e 1933: Era das Proibições e a Influência Estrangeira Durante as décadas de 1920 e 1930, a Lei Seca nos Estados Unidos teve um impacto significativo na cena de coquetelaria em todo o mundo, incluindo São Paulo.
Décadas de 1940 e 1950: Bares Tradicionais e a Popularização dos Coquetéis Com o fim da Segunda Guerra Mundial, houve um período de otimismo e crescimento econômico em São Paulo. Isso se refletiu na coquetelaria, com a popularização de bares tradicionais e a introdução de coquetéis mais acessíveis. Muitos desses lugares se tornaram pontos de encontro para a sociedade paulistana.
Década de 1980: A Influência da Globalização
Com a globalização, houve uma maior diversificação na oferta de bebidas e ingredientes na cidade. Bares começaram a incorporar uma variedade mais ampla de destilados e técnicas de preparo de coquetéis.
Décadas de 1990 e 2000: O Renascimento da Coquetelaria
Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, São Paulo viu um renascimento da coquetelaria, impulsionado por mixologistas locais inovadores. Novos bares surgiram, muitos focando em ingredientes frescos, técnicas artesanais e uma abordagem mais experimental para a criação de coquetéis.
Atualidade: A Cena Contemporânea da Coquetelaria Paulistana
Hoje, São Paulo é reconhecida como uma cidade com uma cena de coquetelaria vibrante e diversificada. Bares especializados oferecem uma ampla gama de coquetéis, desde os clássicos até criações únicas. A cidade também sediou competições de mixologia, contribuindo para o reconhecimento internacional da coquetelaria paulistana.
Essa temporada de viagens, me fez refletir sobre minha identidade, que ficou destacada em ambientes onde só eu era paulistana, deixando todo meu sotaque e jeito de fazer as coisas em evidência. Fez florescer em mim o senso de pertencimento. Eu não tinha me sentido tão paulista, como me sinto agora fora do meu habitat natural. Essa perspectiva é muito nova pra mim! Me sentir pertencente mais fora do que dentro, de SP, foi louco demais!
Depois disso São Paulo se tornou quase a minha causa, e sai falando por ai que todo mundo devia ir a SP, conhecer sua essência e seus bares pelo menos uma vez na vida! Sou feliz e orgulhosa em ser paulistana! São Paulo, mais conhecida por mim como meu canto, minha terra, meu lar!
Parabéns pelos seus 470 anos de história, um brinde a SP!
Para ler, ver, ouvir e se inspirar:
Bar Guanabara, o bar mais antigo da cidade.
Playlist com a vibezinha de SP
Achei incrível essa artista que pinta em taças!
Impecável e única fotografia de alimentos.